sábado, 6 de junho de 2009

Battlefield:Bad Company

A série de jogos de tiro da Dice, consagrada nos PCs, retornou aos consoles e dessa vez, com um jogo à altura do nome Battlefield. Preservando algumas das características marcantes da franquia e trilhando o caminho da inovação em vários aspectos, Bad Company chegou aos consoles da nova geração com artilharia pesada e muito poder de fogo.De cara percebem-se as diferenças com títulos anteriores da série e nem me refiro aos bem feitos e completamente novos gráficos gerados pela engine Frost Bite. A novidade inicial é a campanha single player que agora é uma história de verdade e das boas. No papel do soldado Preston Marlowe, você faz parte da Bad Company, junto com algumas das figuras mais carismáticas e divertidas que já se alistaram em algum jogo de guerra: o veterano Sargento Redford, que só quer se aposentar o quanto antes; o malandro Sweetwater e o caipira empolgado que adora explodir coisas. Mas além das divertidas conversas entre os colegas de tropa o jogo também se arrisca com as motivações não muito patrióticas do grupo: todos eles estão de olho nas barras de ouro que estão “perdidas” nas cidades devastadas pela guerra. Da um passo além dos soldados idealistas comuns ao gênero é uma ousadia muito bem vinda da parte da Dice.As missões seguem uma estrutura linear mas o mapa de jogo é totalmente aberto e livre para a exploração. Por exemplo, para tomar uma base inimiga é possível percorrer a estrada direto para a vila onde os oponentes estão sitiados, ou seguir pelas colinas e tentar entrar por alguma ruela menos protegida... ou mesmo de barco, pelo rio, enfrentando outras embarcações durante o trajeto. O jogo incentiva a exploração do terreno para localizar as barras de ouro e novos armamentos. Para facilitar a vida dos soldados há uma boa variedade de veículos, outra característica típica dos Battlefields anteriores: tanques, caminhões, jipes, barcos e até helicópteros podem ser controlados pelo jogador.E quando chega a hora do combate em Bad Company a engine Frost Bite demonstra suas qualidades ao permitir a destruição de portas, paredes, telhados, veículos e árvores, seja com mísseis, explosões ou mesmo muitos tiros de metralhadora. Mesmo com a limitação do jogo, que nunca derruba uma construção por completo e provoca destroços “pré-fabricadas” no cenário, colocar uma cidade abaixo durante uma batalha poucas vezes foi tão divertido quanto em Battlefield Bad Company. E esse resultado é fruto da soma da qualidade visual, do ritmo intenso da campanha e os excelentes efeitos sonoros, que estão entre os melhores já produzidos para um videogame. Os tiros, as conversas por rádio, o eco do disparo de um sniper, o avanço dos tanques, tudo é muito vivo e intenso e tornam a experiência de jogo muito gratificante.O multiplayer só têm um modo que é chamado Gold Rush. Esqueça a conquista de territórios das versões antigas. Aqui o objetivo dos times é tomar os tesouros uns dos outros, mas em cada turno, um exército tem que atacar e o outro defender as suas posições. Cada jogador escolhe uma classe específica e tem acesso a alguns armamentos diferentes, como é de praxe nos jogos Battlefield. Armas encontradas na campanha são desbloqueadas para usar aqui. É muito divertido, mas poderia haver outras opções para mais jogadores, como a possibilidade de jogar a campanha com um amigo, por exemplo.Mesmo com pequenos defeitos, como a repetição excessiva da arquitetura das casas e de seus interiores, a Inteligência Artificial fraca de alguns soldados inimigos, a concentração excessiva dos oponentes no seu personagem e não no resto do grupo e a ausência de mais alternativas no multiplayer, Battlefield Bad Company é um ótimo jogo de tiro, o melhor desse primeiro semestre, sem dúvida.



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