segunda-feira, 8 de junho de 2009

F.E.A.R 2:Project Origin

Quando F.E.A.R.2 chegou para ser analisado, pensei em diversos motivos pelos quais o jogo poderia ser um fracasso. Lembrei das expansões pouco inspiradas que seguiram o game original e do excesso de jogos de tiro em primeira pessoa disponíveis no mercado atual. E também me lembrei do primeiro F.E.A.R., um excelente game que combinava uma Inteligência Artificial agressiva e desafiadora e elementos de filmes de horror japonês, um feito inédito e muito bem produzido. Será que Project Origin conseguiria reunir os ingredientes necessários para se destacar no mercado, deixar para trás as fracas iterações anteriores da série e principalmente, superar o medo e desafio apresentados no F.E.A.R. original?

Project Origin é uma sequência que dispensa a experiência prévia de jogar o primeiro F.E.A.R. Se você jogou, terá a expectativa em encontrar a garotinha Alma e passar por determinadas situações. Se não jogou, sentirá o terror característico do jogo em primeira mão. O melhor é que Project Origin consegue assustar a ambos os jogadores.Nessa nova aventura, que acontece anos após os eventos do jogo original, você é membro de uma equipe de Operações Especiais. Sua missão era bem simples e cotidiana mas logo mostra-se mais perigosa do que o esperado. Quando finalmente a jovem dotada de poderes paranormais, Alma, reaparece, aí é que as coisas saem completamente do controle. Não vou revelar muito aqui, exceto que Alma não é mais uma criança. Ela é uma mulher e provavelmente, nem ela sabe lidar com isso ainda. O resultado do crescimento da terível paranormal é o que você encontra durante o jogo.Embora as primeiras fases lembrem muito o game anterior, o jogo avança para cenários abertos que permitem um certo grau de exploração. Podemos afirmar que F.E.A.R.2 é um jogo que corre em trilhos bem largos, dando uma sensação de ser menos linear do que realmente é. Os cenários são bem feitos e mesmo que não sejam algo revolucionário no estágio atual do desenvolvimento de jogos, possuem muitos detalhes que envolvem o jogador na aventura. De fato, um dos maiores méritos de Project Origin é seguir a linha narrativa do primeiro F.E.A.R. mostrando mais do que conta ao jogador, permitindo que a imaginação preencha as lacunas da história, principalmente em seus aspectos sobrenaturais.

O game adota algumas novas mecânicas, dentre elas o uso de cobertura durante os tiroteios, com o diferencial de que qualquer objeto do cenário pode servir de cobertura. É possível virar mesas, por exemplo, e se esconder atrás delas. Os inimigos fazem o mesmo e tal qual no primeiro game, são inteligentes e armam estratégias, tornando o jogo muito mais desafiador do que uma partida de tiro-ao-alvo.Além dos soldados comuns, você enfrenta alguns mutantes com poderes horripilantes. A seu favor, há a habilidade de retardar o tempo, o que pode fazer a partida ficar bem mais fácil. Jogadores em busca de uma dificuldade maior vão evitar valer-se desse artifício no calor do tiroteio. Outra inovação interessante é que nem todas as fases são a pé. Em alguns momentos é possível pilotar enormes mechas, armaduras-robôs poderosas armadas com metralhadoras e lança-foguetes.Como é de prache nos principais jogos da atualidade, F.E.A.R.2 possui a opção de multiplayer, mas parece que esse modo foi incluido por obrigação contratual e é bem menos inspirado do que a campanha para um jogador. Nas partidas contra oponentes humanos há poucas opções de jogo, como as tradicionais deathmatch, team deathmatch e captura de territórios. É pouco e não é o suficiente para formar uma comunidade sólida de jogadores. Seria melhor se a produtora Monolith investisse seu tempo na criação de um modo cooperativo para a campanha principal.

De uma forma geral, F.E.A.R.2: Project Origin agrada e cumpre seu objetivo: é um jogo de tiro em primeira pessoa sólido e bem produzido, com uma trama condutora de alta qualidade. Sua dificuldade não assustará os novatos no gênero mas a atormentada Alma garantirá bons sustos a todos. As novidades na mecânica de jogo e o visual aperfeiçoado o colocam um degrau acima do jogo original e permitem esquecer os fiascos que foram as expansões.
Essa é a verdadeira sequência de F.E.A.R. e só por isso merece um lugar na prateleira dos fãs de jogos de tiro.

È Gauss aprendir a colocar os videos


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